MATTEO MANCINI
Minha cabeça doía com a tentativa de encaixar as peças de um quebra-cabeça com várias peças faltando. Onde estava essa criança? Por que ela nunca mencionou? Por que, em todos os dias que passamos juntos na mesma casa, essa informação crucial nunca veio à tona? A verdade era um abismo se abrindo sob meus pés.
— Como você sabe do meu filho? — A voz de Alexia vacilou, um sussurro quase inaudível, a confusão dando lugar a um pálido terror que tomou conta de seu rosto. Seus olhos, antes confusos, agora refletiam um desespero indisfarçável, uma nova camada de mistério se formando em torno dela, uma camada que parecia se aprofundar a cada segundo. O terror em seus olhos era algo que eu nunca tinha visto, uma vulnerabilidade que me partiu o coração.
— Alexia, você está bem? Esqueceu que eu estava com você quando descobriu a gravidez? Fui a primeira a saber, fui eu quem te deu o teste! — Giovanna insistiu, a indignação em sua voz agora misturada com uma crescente preocupação