MATTEO MANCINI
A figura correu em minha direção, envolvendo-me em um abraço apertado que me pegou completamente desprevenido.
— Ah Matteo. Que saudades! — Giovanna exclamou, sua voz carregada de uma familiaridade que me transportou para outra época. Giovanna, uma velha amiga, daquelas que a escola une para sempre, cuja lealdade era inquestionável.
— Gio, quando chegou? Vai ficar até quando? — As perguntas jorraram de meus lábios, uma torrente incontrolável, a surpresa tingida de uma alegria hesitante que tentava se sobrepor à confusão. Eu a segurei pelos ombros, afastando-a um pouco para poder fitá-la, meus olhos percorrendo o rosto dela em busca de respostas, de familiaridade, de um elo com o passado que parecia cada vez mais distante e embaçado.
A última vez que a vi, oito anos atrás, ela era uma jovem de dezoito anos, com o cabelo colorido e um sorriso rebelde. Agora, ali estava ela, mais madura, porém com o mesmo brilho nos olhos.
— Cheguei ontem Matteo, voltei para ficar.