MATTEO MANCINI
Em casa, a dinâmica era diferente. Embora Alexia mantivesse uma certa distância de mim, ela tinha se integrado bem com meus irmãos e com Bento e Dudu. À noite, depois do jantar, muitas vezes nos encontrávamos na sala de estar. Vittorio e Artturo, apesar de suas personalidades opostas, sempre encontrava algo para discutir, geralmente filmes, músicas. Alexia, para minha surpresa, participava ativamente, expressando opiniões fortes e até mesmo provocando-os com seu senso de humor sagaz. Dudu, o centro das atenções, com sua energia contagiante, criava um ambiente leve e divertido. Ele contava piadas, fazia imitações, e Alexia ria com uma facilidade que eu raramente via. Bento, como sempre, era a voz da razão, o mediador silencioso, observando tudo com um olhar divertido e por vezes, um tanto analítico. Eu, por outro lado, sentia-me um estranho em meu próprio lar. Sentava-me na minha poltrona preferida, fingindo ler um relatório da empresa, mas na verdade, meus ouvidos esta