ALEXIA DINIZ
Não acredito que flertei com meu chefe, o cara mais antipático que já conheci na vida. Eu tinha uma imã pra gostar de babacas só pode. Mas como eu não tinha vergonha na cara, não me intimidei com seu olhar matador.
— Nem pense nisso. Não caio nessa armadilha duas vezes — ele respondeu, o olhar fixo em mim, e a intensidade em seus olhos me pegou de surpresa. Houve um lampejo de algo mais profundo, algo além do ódio, uma dor quase palpável. Mas ele a escondeu rapidamente.
— Como assim? — a curiosidade me fisgou de vez. Aquela declaração jogada de forma tão casual me deixou em alerta.
Antes que eu pudesse aprofundar a questão, uma voz feminina, apressada e estridente, surgiu entre as mesas, quebrando a bolha de tensão que nos envolvia.
— Finalmente te encontrei, Lexie. Bento está esperando. — Maya, a secretária de Bento, surge ofegante, com o rosto vermelho de pressa.
— Achamos que ele demoraria. Por isso, viemos tomar um café — Matteo respondeu, o tom casual,