Os saltos de Samanta ecoavam no piso de mármore enquanto ela descia os últimos degraus rumo à recepção da Cosmus. O vestido amarelo rodado balançava suavemente ao redor de suas pernas, e seu perfume cítrico com notas de jasmim e baunilha parecia se fundir ao entardecer elegante daquela segunda-feira.
Apesar do nervosismo com o jantar, um sorriso doce habitava seus lábios. Ela pensava no bebê. Pensava em Beto. Pensava em como aquela nova etapa em sua vida, embora ainda envolta em incertezas, era diferente. Mais terna. Mais viva.
Mas bastou um passo a mais, e tudo isso congelou.
Ele estava ali.
Gabriel Avelar.
Parado no centro do hall como se fosse o protagonista de um filme romântico mais esperado, segurando um enorme buquê de rosas vermelhas, ostentando um sorriso que ela agora reconhecia como uma máscara. Um disfarce de sedução cuidadosamente esculpido, mas que não lhe causava mais nenhuma simpatia ou admiração.
Samanta parou onde estava. O coração acelerou, mas não de for