Samanta
O final de semana se aproximava como uma tempestade incerta e inevitável, avassaladora e carregada de uma eletricidade que Samanta sentia pulsar sob sua pele.
A ansiedade crescia a cada batida do relógio, a cada ensaio mental, a cada toque de tecido sobre sua pele. Ela ia se apresentar pela primeira vez na Masmorra como Pérola Negra, e mesmo que fosse um pseudônimo, uma fantasia, uma máscara… ela sabia que, no fundo, seria uma revelação íntima de si mesma. Uma metamorfose que aconteceria diante de diversas pessoas, cheias de expectativas e desejos.
Na noite anterior, sonhou com a sua estreia, o salão escuro, os olhares atentos, os corpos silenciosos, esperando algo arrebatador. As mãos dos corpos que dividiam o palco com ela, tudo muito real. E então ela, envolvida pelo jogo de luzes tênues e vapor, exibindo a figura da mulher que se tornava sensual, livre e impenetrável.
Mas o rosto que mais a inquietava em meio aos rostos desconhecidos, era o dele. Alberto. Ela sabia q