Laura
Ela desceu a escadaria do luxuoso salão de beleza com a elegância de quem flutua sobre o chão. Cada espelho do hall refletia sua imagem cuidadosamente esculpida. O cabelo castanho claro milimetricamente escovado, o corte chanel delineando o rosto sem rugas, maquiado com a perfeição que somente os produtos franceses mais caros podiam oferecer. O vestido nude de alfaiataria realçava sua figura esguia sofisticada, como uma moldura de seda sobre porcelana.
Seus olhos, no entanto, diziam outra coisa. Por trás do brilho das íris claras, uma astúcia fria se agitava. Laura estava em modo de ataque. Porque se Alberto Darius pensava que poderia afasta-la de sua “filhinha”, ele estava muito enganado.
Do lado de fora, o motorista abriu a porta do Audi preto blindado. Ela entrou sem uma palavra, apenas um meneio de cabeça. Seu próximo destino exigia um humor específico. Um humor que ela dominava muito bem e que aprendeu com a melhor, manipulação refinada.
Chegando ao edifício executivo do Gr