A mansão de Helena erguia-se no Bridle Path, a região mais nobre e luxuosa de Toronto, onde cada propriedade parecia competir em imponência com a vizinha. Cercada por jardins meticulosamente cuidados e ladeada por avenidas silenciosas e arborizadas, a casa destacava-se mesmo entre palácios de fortuna. Não era apenas grande, mas teatral, como se cada detalhe tivesse sido pensado para impressionar.
O portão de ferro trabalhado abria-se para um caminho de pedras que conduzia até a entrada principal. Ao atravessar o hall, o visitante era imediatamente tomado por uma sensação de grandeza: o pé-direito duplo refletia a luz do imenso lustre de cristal austríaco sobre o mármore branco e negro. A escadaria curva, com corrimão dourado, dava ao ambiente ares de mansão europeia, e os espelhos nas paredes multiplicavam a sensação de espaço e luz.
No salão principal, sofás de veludo em tons profundos rodeavam a lareira de mármore. Cortinas de seda pesada enquadravam janelas imensas que se abriam pa