POV: Aruk
O relógio marcava três da manhã quando deixei Ayra dormindo em meu quarto. Ela parecia tão frágil e em paz, a dor em seu rosto finalmente substituída por uma serenidade profunda. Eu a observei por um momento, a promessa silenciosa de protegê-la reverberando em meu coração. Depois, fechei a porta cuidadosamente e me dirigi ao meu escritório.
Gabriel, meu Beta e melhor amigo, já me esperava. Ele se levantou assim que me viu, seus olhos castanhos cheios de preocupação.
— O que aconteceu, Aruk? Sua voz no telefone... algo está errado.
Me sentei em minha cadeira, o peso da responsabilidade sobre meus ombros. Acenei para que ele se sentasse também, e então, em voz baixa e grave, comecei a narrar os eventos da noite. Falei sobre Kael, sua arrogância, a manipulação sobre Ayra. Falei do nosso pequeno confronto e de sua saída humilhada, e depois, da minha suspeita.
— Kael não agiu sozinho.
Eu disse, minha voz cheia de convicção.
— Ele tinha um informante, e eu tenho certeza de que é