POV: Ayra
A primeira coisa que senti foi um suave calor me envolvendo, misturado com um cheiro familiar e reconfortante de menta e terra molhada.
Minha mente, que estava em uma névoa densa de confusão e desejo, começou a clarear lentamente. Abri os olhos, piscando para me acostumar com a luz fraca que entrava pela janela.
O quarto não era o meu. As cores mais escuras, o cheiro de homem... eu estava na casa de Aruk.
Um pânico sutil começou a se instalar em mim quando a memória dos eventos anteriores me atingiu como uma onda fria.
Kael.
O beijo.
O cio.
E Aruk, seu rosnado, sua fúria. E então, o beijo de Aruk e o apagão. Eu me sentei abruptamente na cama, a cabeça latejando.
— Ayra, você está bem?
A voz grave de Aruk soou ao meu lado.
Ele estava sentado em uma poltrona, o olhar fixo em mim, sua postura tensa. A preocupação em seus olhos era genuína, e isso me acalmou um pouco.
— O que aconteceu?
Minha voz saiu rouca.
— Por que estou aqui?
Aruk se levantou e veio até a beira da c