Talvez um soco no estômago tivesse tirado menos ar de Clara. Ela tentou se adiantar, e estava adiantada, mas de alguma forma ele estava ali. Como Henrique chegou tão cedo? Ela se questionou.
— Boa noite, doutor Henrique. — respondeu, seca.
Abraçou Vivian, que logo perguntou por Antônio:
— O Antônio veio?
— Vou levar ele pra casa do pai, mas ele ainda está aqui. Está no parquinho.
— Vou lá. Já volto.
Vivian saiu, e o silêncio entre os dois adultos que permaneceram foi cortante. Clara caminhou em direção ao parque, mas Henrique a interrompeu:
— Eu só queria me explicar.
—Não há necessidade disso. Se eu te bloqueei é porque não quero saber, não acha?
— Eu sei que te magoei, mas eu não conseguia falar com você. Eu também estava sofrendo.
— Ah nossa, tadinho de você! — respondeu, com raiva e ironia.
— Eu precisei fazer isso. Minha mãe queria tomar a presidencia, e eu não podia deixar tudo o que meu pai construiu, se perder. Eu tive que tomar uma decisão. A empresa tamb