Pietra marcou para que os amigos se encontrassem em sua casa, pois queria falar com todos. Como Clara não podia sair sem o filho, achou que ali poderiam se reunir e Antônio ficaria mais à vontade do que em um barzinho.
A tarde já estava em seus últimos instantes, com as primeiras estrelas surgindo no céu de primavera, quando Maurício chegou meio apressado.
— Cheguei primeiro, Pietra?
— Foi. Aconteceu alguma coisa?
— Preciso falar com você antes dos outros chegarem.
— Nossa, entra. Deve ser urgente mesmo.
Foram até os fundos da casa dela, onde havia um lindo jardim com mesinhas cobertas. Maurício se sentou e ficou alguns segundos em silêncio, mexendo nos dedos como se procurasse coragem para falar. O olhar, antes firme, agora se desviava para o jardim, evitando encarar Pietra diretamente.
— Pietra, o Henrique falou com você sobre querer voltar com a Clara?
— Falou. Eu achei loucura dele, mas você sabe como ele é, né?
Maurício apoiou os cotovelos sobre a mesa e passou a m