O Norte acordou cansado.
Não era cansaço físico.
Era o peso de uma noite longa demais para caber em poucas horas de sono.
Helena levantou antes da primeira luz tocar as pedras da ponte.
Bebeu água, vestiu o manto e desceu em silêncio para não acordar Lyria.
Erynn dormia encostada na porta do quarto da menina, cajado atravessado no colo como se fosse guarda e fechadura ao mesmo tempo.
Helena parou um segundo para observá-las: a anciã de vigília, a criança encolhida no cobertor, a concha presa à mão pequena.
Respirou fundo.
E desceu.
O ar no pátio tinha cheiro de ferro úmido.
Sigrid já estava no alto da muralha, com o cabelo preso por um nó improvisado.
Ronan surgiu com dois patrulheiros.
O rosto dele já avisava o que a boca confirmou:
— Temos problema.
Helena ajustou o manto.
— Vivo?
— Não exatamente. — Ronan fez uma careta. — É pedra.
Kael apareceu atrás dela, silencioso como um presságio.
A cicatriz da garganta estava opaca, mas viva.
— Mostra — Helena pediu.
Eles atravessaram a pont