A linha não foi desenhada por mão.
Foi escrita por intenção.
Helena a viu primeiro: um risco pálido, fino como cabelo de gelo, começando na sala das runas e indo, sem pressa, até a porta do quarto de Lyria — por dentro da pedra, como veia nova em corpo antigo.
Encostou a palma na parede.
A runa do entre acendeu devagar, em alerta.
— Ele tenta entrar sem porta — sussurrou.
Erynn chegou com o cajado já vibrando.
— Não é o mar.
— O livro? — Ronan.
— O nome que finge ser barco. — A anciã apertou os lábios. — “Nau”.
Kael posicionou-se no corredor, entre a sala e o quarto, o corpo inteiro virando porta.
Os lobos de vigia deitaram a cabeça no chão, as orelhas rentes, farejando algo que não cheirava a nada.
Sigrid veio em seguida, trazendo no bolso nó de três laçadas e punhado de sal com cheiro de concha.
— A casa avisou antes — disse, orgulhosa da própria costura invisível.
A linha prosseguia, quase imperceptível, pulsando com o bater do braseiro no salão — como se estivesse sincroni