Quando o Norte desperta um nome, tudo o mais se cala para ouvi-lo.
Naquela manhã, até os sinos pareceram tardar em tocar — como se temessem pronunciar algo que o vento já havia escolhido.
Helena caminhava pelo corredor de pedra com o manto apertado ao corpo.
O selo prateado em seu ombro pulsava; logo abaixo, a linha dourada ardia como fio incandescente sob a pele.
Desde a cripta, o nome sussurrado nos ossos — Aelyra — repetia-se como passo invisível atrás dela.
Não era só memória.
Era convocação.
Ronan a encontrou ao pé da escadaria.
— O Conselho reuniu os estandartes do leste e do passo branco — disse, seco.
— Para quê?
— Para o que chamam de Caçada Sagrada. — Ele não disfarçou o desgosto. — Querem “libertar o Norte do peso do nome”.
Helena parou.
O frio subiu do chão para a garganta.
— Caçam a mim.
Ronan assentiu, lento.
— Invocaram costume antigo. Sem aço. Sem fogo. Só osso e vento. Dizem que o eco respeita quem sangra com a terra.
Antes que ela respondesse, Kael surgiu no alto da