Mundo ficciónIniciar sesiónO hálito fino de menta dele se espalhou pelo meu rosto enquanto ele se inclinava para mim. Nesses momentos, quando ele estava a meros centímetros de distância, percebi o quão bonito ele era. Entendi por que todas as garotas e caras no campus seguiam esse homem sem questionamentos.
Atlas era construído como uma montanha, todo musculoso. Com seu estilo de bad boy, usava jaquetas de couro e roupas escuras, e seus olhares pensativos não precisavam de muito para conquistar a atenção feminina. Mas não era isso que tornava Atlas tão irresistível. Eram suas palavras que faziam qualquer mulher cair aos seus pés. Ele sempre foi o encantador, com sorrisos fáceis, inteligência afiada e elogios que, embora parecessem genuínos, raramente eram. Exceto comigo. Porque eu via o verdadeiro Atlas: um idiota arrogante, egocêntrico e manipulador. — Eu também não estou a fim de joguinhos, Griffin. Portanto, peço desculpas, e todos nós podemos seguir nossos caminhos em paz — respondi. Seu olhar percorreu meu rosto e parou em meus lábios. Ele abriu a boca para falar, mas uma voz aguda o interrompeu. — Atlas? O que está acontecendo? — Uma morena apareceu na janela de sua Mercedes, olhando para mim como se eu fosse um queijo podre e mofado. Um bufo involuntário escapuliu de mim. — Claro. Agora entendo por que você não conseguiu ver o carro bem à sua frente. — Alfinetei sem dó. Ele estava olhando para os peitos dela enquanto se envolvia em um acidente de carro por causa da beleza sentada ao lado. — Olha —, ele começou, mas o interrompi novamente. — Não, você olhe —, eu disse, colocando a mão em seu peito e afastando-o um pouco. A palma da minha mão sentiu o calor de seu corpo, e rapidamente recuei. — Foi seu erro, e não vou pagar por isso. Devemos chamar a segurança do campus para verificar as imagens do CCTV. Isso vai provar tudo. — Para vencer o Grande Atlas, eu precisava ser cortante em meus argumentos. Uma buzina alta interrompeu, vinda de um jipe vermelho preso atrás do carro de Atlas. — Vocês podem se mover? Ou, pelo menos, levar a briga de amantes para outro lugar? — O motorista do jipe gritou. — Cale-se! — gritamos em uníssono, nos encarando com expressão de desprezo. — Está tudo bem. Pagarei o que custar para repará-lo, talvez um pouco mais. Afinal, fazer caridade é uma tradição familiar para mim — disse ele com um sorriso, dando um passo para trás. Minha mandíbula caiu. Ele acaba de me chamar de uma caridade? — Você... Antes que eu pudesse terminar, ele entrou no carro e bateu a porta, me deixando lá, parada como uma idiota. Uma idiota que foi insultada na cara. Imaginava puxando a porta aberta, o arrastando para fora e esfregando seu rosto incrivelmente bonito contra o para-brisa de seu carro caro enquanto soltava um grito de guerra viking. Infelizmente, não tive a oportunidade de encenar minha fantasia, pois o motorista impaciente do jipe vermelho não parava de buzinar. Juntando-se a ele, Atlas pressionou a buzina do seu carro também, como se eu fosse a única que estava atrasando todo o trânsito. — Vamos logo! — O motorista do jipe gritou, buzinando mais duas vezes. Então, fiz o que qualquer pessoa em sã consciência faria. Virei para ele com a elegância de um cisne e voltei para o meu carro, bufando a cada passo. Coloquei o carro de volta no seu lugar original e, assim que a estrada ficou livre, Atlas e o motorista impertinente saíram como pilotos de Fórmula 1. E ele tinha a hipocrisia de me criticar por minha direção. — Idiotas — murmurei e fechei os olhos, respirando fundo. Hoje não seria um dia arruinado por aquele jogador de hóquei arrogante. Meu telefone apitou, sinalizando uma nova mensagem. Rapidamente o peguei. Era Samantha, chefe dos meios de comunicação administrados por estudantes da Universidade de Wellsfield, e minha superiora técnica. Samantha: Onde você está? A Kapoor apareceu cedo e já saiu. Droga!






