Estávamos no meio de um fogo cruzado.
Faltavam apenas cinco minutos no relógio e já havíamos sofrido dois gols do time inimigo. Sim, o inimigo, não o oponente. A rivalidade entre Wellsfield e Maple Park University durava há décadas. Pode ter sido um jogo de pré-temporada, mas perder para eles, especialmente em um shutout completo, era como ver meu pior pesadelo se tornando realidade.
Naquela noite, tudo deu errado que poderia dar errado: de passes desleixados e posições erradas a novatos quase colidindo entre si. Estávamos perdendo feio. E não era uma perda fácil de engolir.
Eu já podia imaginar o treinador cavando nossos túmulos e enterrando-nos vivos depois que esse pesadelo terminasse. Ele parara de gritar e xingar meia hora antes, o que nunca era um bom sinal. Seu silêncio significava que algo pior estava a caminho.
Mas eu não tinha tempo para me preocupar com isso agora. Preferia morrer a sofrer um shutout e voltar para casa com o rabo entre as pernas. Precisava salvar o jogo de