Os punhos de Zeke se cerraram com tanta força que suas unhas cravaram nas palmas, e ele mal conseguiu conter a fúria.
— E foi aí que ele começou a te machucar?
Millie assentiu, com a voz quase inaudível.
— A princípio, foram apenas ofensas, reações desproporcionais por bobagens… Até que se tornaram agressões reais. Permaneci firme porque acreditava que devia algo a ele. Eu pensei... — Ela balançou a cabeça, sufocada. — Mas, com o tempo, eu não consegui mais suportar e disse que queria terminar, já que tinham se passado vários meses desde o incidente e, como ele havia apagado tudo e me ajudado, eu acreditava que estava segura. Naquela noite, porém, ele me espancou pela primeira vez e, depois disso, me mostrou o vídeo.
Diante da revelação, as narinas de Zeke se dilataram.
— Que vídeo?
Millie fungou.
— O homem que eu matei deixou o celular filmando, registrando não só suas intenções, mas também o momento em que o matei. Francis, ao entrar no quarto, encontrou o aparelho ainda ligado e sal