Cada pulsar do coração de Karen ressoava alto em seu peito, acelerado pelo confronto direto com o olhar da mãe.
— Como assim você está com a bolsa, mãe? Você não tinha o direito de tirá-la do lugar onde estava trancada!
Rita desceu as escadas lentamente, sem desviar os olhos dela, e a serenidade em seu semblante só fez a angústia de Karen aumentar.
— Por que está tão nervosa? — Perguntou Rita, com a voz suave, mas carregada de desapontamento. — Não foi você mesma quem disse da última vez que não tinha nada a ver com esconder as provas contra Linda?
Karen sentiu a garganta travar e engoliu em seco no instante em que a mãe parou diante dela, trazendo no rosto o amargor e nos olhos a frieza de quem não pretendia recuar:
— Quando você veio aqui e eu perguntei se estava envolvida, tentou me manipular para que eu deixasse o assunto de lado. Mas aquilo só me deixou ainda mais desconfiada. — Os lábios de Rita se curvaram em um sorriso amargo. — Então, hoje, quando Bridget mencionou a bolsa que