Dante atravessa o corredor em disparada. O cheiro de sangue fresco, misturado com o suor e o medo, o atinge com força. O coração b**e acelerado, não apenas pelo risco iminente, mas por algo mais primal — o pressentimento de que sua companheira – mesmo que seja apenas por enquanto – está em perigo.
Apesar de ele não sentir nenhum tipo de dor vindo dela, a sensação que ele sente é quase como no dia que perdeu sua amada, quando não foi capaz de chegar a tempo... quando quebrou sua promessa de protegê-la até o fim de sua vida, tudo porque não conseguiu sentir o que ela estava passando.
Assim que atravessa a entrada da cozinha o som metálico de impacto ecoa de novo: “cla-CLANG!”, seguido do baque de um corpo pesado tombando contra o balcão.
Celina gira no centro do cômodo, pés firmes, quadris soltos, a frigideira de ferro fundido elevada acima do ombro como se fosse parte natural do braço.
Dois homens corpulentos caídos no piso entre poças de arroz e cacos de vidro. Um terceiro avança com u