— Está surdo, maldito? Eu disse para me soltar! — Celina grita, com a voz cheia de raiva, os olhos fechados fortemente, lutando não apenas contra o homem, mas contra si mesma por sentir a pele ficar tão quente com o toque que na verdade deveria sentir repulsa.
Dante a solta.
Soltando o braço que segurava as pernas, deixando-a cair diretamente dentro da banheira funda, cheia com água fria.
Pois, na verdade esse banho é para ele. Todo dia, se põe a tomar banho frio, já que o cheiro dela despertar desejos que saem de seu controle quase que o tempo inteiro dentro daquela casa, já impugnada.
— NÃO! NÃO, NÃO, NÃO! — Celina se agita, braços batendo na superfície, água espirrando pelas bordas, tentando fugir da sensação que a faz acreditar, por um instante desesperador, que será afogada. — Me tira daqui! Eu vou me afogar, seu desgraçado!
Dante tira a mão da cabeça de Celina e a segura pelos ombros.
— Para — Dante diz, a voz firme, o timbre carregado que faz até o ar ao redor estremecer.
Ela