Entro em casa com minha cesta de chocolate nas mãos e um sorriso no rosto, toco meus lábios me lembrando do beijo de Jhonatan, incrível como ele soube exatamente o que fazer para me alegrar.
Coloco a cesta na mesa da sala junto com minha bolsa e já começo a tirar meus sapatos pra relaxar meus pés antes do banho, no caminho para meu quarto ouço um barulho no portão e estaco no lugar onde estou, fico em silêncio para ter certeza se ouvi realmente ou se é impressão minha, mas para minha infeliz surpresa a porta de casa é aberta com brutalidade e eu não tenho tempo de correr, pois Álvaro avança com tudo pra cima de mim.
— Sua vagabunda, tá achando que vai ficar livre de mim e ficar por aí se esfregando naquele cara? Com certeza tá dando pra ele não é, tá ganhando presentinho e até em casa ele está te trazendo — ele grita comigo enquanto me segura com força pelos cabelos e dá t***s em meu rosto — fala, sua puta, tá se vendendo pra ele há quanto tempo?
— Me solta Álvaro, me solta, você está me machucando.
— É por causa dele que você não quer mais nosso casamento? Ele tem mais dinheiro do que eu, é isso? Me diz Laura, quanto tempo você está dando pra ele, se é que é só ele, né?
— Álvaro, você está louco? Você não tem o direito de me ofender assim, o que eu faço da minha vida não é mais da sua conta. Você me traiu e agora quer dar uma de maluco e me cobrar alguma coisa?
Com isso ele me j**a com força no chão e eu caio por cima da mesinha de centro, o vidro da mesa se quebra me causando um corte na testa e nas mãos, sinto o sangue escorrer pelo meu rosto e quando vejo Álvaro me pega novamente pelos cabelos me arrastando até um canto da sala, me agarra pelo pescoço e me encosta na parede.
— Você é minha, Laura, e só eu posso tocar em você, está me ouvindo? — Ele rasga minha blusa e começa a passar a mão livre pelo meu corpo.
Eu começo a tentar gritar e lutar contra ele e com isso ele solta meu pescoço para segurar minhas mãos acima da minha cabeça, cola seu corpo no meu se esfregando em mim.
— Para Álvaro, por favor, paraaaa. Me solta, não faça isso comigo por favor — eu grito e choro em desespero.
— Não precisa chorar, meu amor, vai ser gostoso, eu sei como te agradar — ele fala tentando me beijar e enfia a mão dentro da minha calcinha, eu fecho meus olhos em pânico, grito e me debato aflita tentando me soltar.
E nesse momento sinto seu corpo sendo afastado abruptamente do meu, um barulho alto em seguida e quando abro meus olhos, sinto um alívio me tomar ao mesmo tempo que o pânico ainda está em cada milímetro do meu corpo.
Não sei de onde ele saiu, mas Jhonatan está ali no chão da sala em uma luta com Álvaro. Meu chefe desfere socos contra ele e eu deixo todo o pavor sair de mim em forma de um choro sufocante e descontrolado, escorrego pela parede até o chão e lá eu me encolho em posição fetal em meio aos soluços.