Laura de Freitas
Acordo com uma certa pessoinha se jogando em cima de mim e abro um sorriso antes mesmo de abrir os olhos. Abraço minha filha a enchendo de cosquinhas e suas gargalhadas aquecem meu coração.
— Bom dia, coisinha linda da minha vida. — Ela sorri.
Olho em volta vendo a cama vazia ao meu lado.
— Onde está o seu papai, hein? — pergunto enchendo-a de beijos.
Faz dois meses a contar do acontecimento que acarretou a morte de Álvaro. A partir daí, eu não saí mais da cobertura de Jhonatan, a qual já considero como meu lar. No dia que cheguei aqui após sair daquele pesadelo eu fui correndo procurar minha menina e quando me deparei com um quarto todo decorado para ela com tudo que ela merecia e eu não podia dar, eu soube que ali era o nosso lugar. Não pela questão financeira do pai da minha filha, mas pela forma de cada detalhe ali, como o porta-retratos com uma foto minha e dele de três anos antes que estava em cima da cômoda que me fazia perceber o quanto ele nos amava e fari