WILLIAM
— Ela tinha um anel. Um anel que trazia uma pedra verde-musgo bem pequena, mas extensa sobre o aro. Você viu aqui? — me obriguei a perguntar.
Reymond fingiu pensar. Se virando para mim:
— Não. Mas por que pensou nisso? Andou prestando atenção nas coisas dela da última vez?
Entendi como uma acusação de imediato, ainda mais por sua última frase. Soltei uma risada anasalada.
— Quem preparou essa missão? — tive minhas dúvidas.
A expressão dele permaneceu despreocupada, e eu odiava aquela sua capacidade de se fazer indiferente, de se esconder no mistério da sua mente.
— Está pensando demais.
— Diga logo, ômega! — esbravejei.
— Estamos aqui para descobrir a identidade do traidor. O que você acha?
Movi o queixo de um lado a outro com irritação.
— Tá legal. Então você sabe, não é?
— Está apenas brincando comigo, não está, seu idiota? — esbravejei.
— O anel, de quem era? — Reymond não se alterou.
— Ele era meu. — Reymond me observou com atenção. O olhar era calculado