EULÁLIA

Paralisei. O sorriso congelou nos meus lábios e eu sequer entendia o que havia ouvido.

“Filho de quem?”

— Não entendi… — soltei em pura confusão.

— Que filho? Do alfa supremo? — De repente comecei a ficar nervosa.

“Wulfric tem algum filho por aí?” eu estava a ponto de surtar.

“Oh, não! Eu nem sei lidar com criança direito.”

“Espera! E se o filho dele já for jovem?”

“Quem é a mãe?” ciúmes já começava a fluir, como o rio e a correnteza.

Raphaelio me tirou dos meus devaneios.

— Quero conhecer o alfa supremo e o filho que está esperando. — apontou para minha barriga.

Eu quase me dobrei, olhando na mesma direção, sem compreender de verdade o que se passava na cabeça dele ou na minha.

— Filho?

Raphaelio riu e completou.

— O médico disse que virei especial. Sou alguém que pode perceber coisas com antecedência.

— Como assim? — tive que puxar uma cadeira para me sentar na frente de sua cama, o olhando bem.

“Então ele tem dons?” eu sequer soube separar o que devia pensar primeiro.

— O a