Alena Petrova
Eles estavam ali. Sentados, bebendo e falando russo e italiano como se fossem velhos amigos — Mikhail, o pai da garota italiana, e mais dois homens que eu não conhecia. Na verdade, eles eram velhos amigos. Eu que era a novata ali.
A garota estava ali também. Alta, linda, com um vestido que mais parecia ter sido costurado direto no corpo. E ela não parava de olhar para Mikhail
Pior: ela encostava nele toda vez que tinha chance. Tocava o braço, sorria como se estivesse num comercial de pasta de dente, inclinava o corpo para a frente, deixando os peitos quase pularem para fora. E ele… bom, ele não parecia exatamente incomodado. Claro que não. Devia estar acostumado com esse tipo de atenção. Especialmente dela. Pelo que parecia, os dois já tiveram alguma coisa. Ou várias coisas. E, se dependesse do pai dela, provavelmente teriam um casamento arranjado e uma aliança internacional.
Mas agora ele estava noivo de mim. Noivo. Ainda que isso tudo fosse um teatro maluco. Ainda ass