Alena Petrova
Acordei com o despertador da Ilya tocando uma música pop qualquer. Ela se esticou na cama como um gato preguiçoso, murmurando alguma coisa que não entendi, antes de desligar o celular. O quarto ainda estava meio escuro, mas já dava para perceber que o sol estava nascendo lá fora.
— Levanta, freirinha. — ela falou, esfregando os olhos. — Hoje você vai comigo de novo.
Virei o rosto para ela, meio incrédula.
— Você está brincando, né? Depois de ontem? Seu irmão vai surtar.
Ela soltou uma risadinha, como se minha preocupação fosse um exagero.
— Mikhail vive surtando. É o esporte preferido dele. Mas ele sabe que eu sempre faço o que quero. Confia em mim, vai dar tudo certo.
Confiança era uma palavra complicada. Principalmente depois de tudo que passei. Mas eu confiava nela. E, de algum jeito estranho, também começava a confiar nele.
Tomei banho, prendi o cabelo num rabo de cavalo e vesti uma calça jeans clara com uma blusa bege de mangas, mas a roupa marcava meu corpo mais do