Mônica amarrou o avental e, na cozinha, mostrou todo o seu talento culinário. Usou cada truque que sua mãe, Malena, havia lhe ensinado. Logo, tratou a carne de porco e o peixe sem problemas. Preparou alguns acompanhamentos e uma sobremesa, e em pouco tempo o almoço estava pronto.
Antes de servir, provou as almôndegas. Como não tinham mais gosto de carne de porco, ela se sentiu segura para levá-los à mesa.
— Sr. Rubem, o almoço está servido.
Rubem fechou o laptop e se levantou para ir à sala de jantar. Quando viu os pratos fartos na mesa, curvou os lábios em um sorrisinho de aprovação. A mulher, pelo visto, sabia cozinhar.
Mas quando seus olhos pousaram no prato de almôndegas, ele franziu o cenho.
— Eu não disse que não como carne de porco?
— Não é carne de porco, é de boi! — Mônica disse, enquanto lhe servia o arroz. Com a maior cara de pau, sustentou a mentira: — Eu “joguei fora” a carne de porco. Pode provar se quiser.
Rubem hesitou, claramente desconfiado. Mônica, percebendo a demor