Assim que Mônica desligou o telefone, Rubem apareceu empurrando a cadeira de rodas. Ele parou na frente dela, os olhos fixos em sua barriga ainda chapada, e perguntou, com uma expressão séria:
— Amor, por que você tá grávida há tanto tempo e sua barriga não cresce?
Mônica ficou sem palavras. Como ele podia saber de tudo, menos que a história da falsa gravidez na Turquia era só uma desculpa?
— Sr. Rubem, pode olhar o quanto quiser, ela não vai crescer. — Respondeu Mônica, soltando um suspiro profundo. Pela terceira vez, ela tentou explicar a verdade para ele, mas, antes que pudesse continuar, Rubem inclinou a cabeça para frente e encostou o rosto na barriga dela.
— O bebê já deve estar com braços e pernas, né? Deixa eu ouvir. — Ele falou como se fosse a coisa mais natural do mundo, fechando os olhos e pressionando a orelha contra o ventre de Mônica, como se estivesse escutando algo muito importante.
Mônica levou a mão à testa, exasperada. Rubem bêbado era algo que ela nunca ap