Coloquei uma garfada de massa na boca, antes de encarar aquela conversa inevitável, mastiguei a comida lentamente, enquanto ele me encarava, esperando que eu falasse alguma coisa.
— Tudo bem, mas, eu começo.
Matheus: Comece pelo Rodrigo.
— Enquanto você estava viajando, ele me ligava todos os dias, eu só escutava a voz dele e desligava, então, pedi para a Laura impedir essas ligações. Ele parou, porém, começaram a chegar cartas dele. Ele não me deixou esquecê-lo, as cartas tinham palavras que eu sempre imaginei ouvir dele, ele dizia sentir coisas que eu sempre desejei que ele sentisse por mim. Mas, apesar disso, eu duvidei de cada palavra escrita.
Durante esse tempo, meu pai e a Laura visitavam ele, porém, eu nunca fiquei sabendo dessas visitas, eles não falavam do Rodrigo pra mim, nem falavam de mim para ele. Ficamos no escuro. Sem saber nada um do outro. Quando ele foi solto, conversou com o meu pai, pediu a permissão dele e fez uma surpresa pra mim, disse que tinha mudado, pediu pe