O iate balançava suavemente, mas o ar entre os três estava carregado de tensão. No meio daquele turbilhão de emoções, Ruth se via isolada, encurralada diante do mar revolto, como se ele refletisse o caos dentro de si.
— Qual é a minha sentença por gostar de alguém comprometido?! — gritou, com os olhos marejados e a voz embargada.
Valentina soltou uma risada debochada, cortante como lâmina.
— Quer que eu te jogue no mar? Ou prefere um showzinho particular? Sei lá, podem dançar um tango pra mim... Seria bem romântico.
Victor ficou perplexo. Aquela faceta de Valentina o desconcertava — era imprevisível, quase cruel. Ruth, porém, não se calou.
— Eu não sou seu brinquedo, Valentina. Não vou me curvar aos seus caprichos. E não tenho medo de holofotes. Diferente de você... que precisa fingir amor pra conseguir atenção.
As palavras cortaram fundo. Valentina tremeu por um segundo, mas ergueu o queixo, mantendo a pose. Victor tentou apaziguar.
— Vamos dançar. Só pra mostrar que não é