*Segunda temporada de "uma submissa para o CEO"* Levi e Mel estavam vivendo os seus melhores momentos de casados, após anos separados, recuperavam o tempo perdido ao lado dos filhos construindo uma relação familiar que Levi nunca imaginou que teria na vida, no entanto seu conto de fadas acaba entrando em turbulência ao perceber que a babá que seu filho é apaixonado passou a dar sinais nada sutis de que estava querendo subir de cargo, que queria se tornar e esposa do CEO, porém, resolveu fazer isso justamente quando a submissa mais ousada e rebelde voltou para retomar seu lugar e derrubará qualquer um que ousar cruzar seu caminho.
Ler maisO som das águas da praia sempre passa calmaria, uma paz que não deve ser refutada, tão pouco achada em outro lugar. O som das aves no céu e até mesmo o vento que passa ao redor cobrindo seu corpo de frio e arrepios gostosos. Tudo isso numa brisa gostosa de fim de tarde. E mais perfeito que o som de tudo isso, é a deliciosa voz de Levi Santiago, toda as vezes que chama por sua amada. O tom forte e grosso, mas cheio de carinho e uma obsessão gananciosa. Seria pelo tempo que passaram separados e agora ele estava tentando colocar tudo no lugar? Nem mesmo se passasse mil anos. Jamais a dívida seria paga. Foram sete anos separados, e sete anos mudam muita coisa. No entanto, o amor deles não mudou, tão como o desejo ardente por aquela mulher, sua carência dos carinhos dela, da voz dela, dos cabelos, cheiro, dela por inteira... Nada mudou, mas se intensificou ao ponto de não aguentar sequer ficar longe de seu corpo.
— Acordou cedo hoje. – Ele sentou ao lado dela, que sorriu ao sentir os lábios quentes subindo por seu braço e só parando quando encontrou seus lábios os convidando para um beijo doce. Um beijo doce demais, como um convite para a cama. Ou tudo isso era coisa da sua cabeça? — Ficamos aqui duas semanas. A lua-de-mel mais linda da minha vida. Não que eu tenha tido outras antes. — Mas terá outras comigo. Esse lugar é lindo e único porque comprei dois anos atrás. — Virou um negócio comprando ilhas? – Levi negou rindo — Eu sei que você é rico. Não precisa esfregar na minha cara. Os dois tornaram a sorrir, porém, Levi a trouxe para seu colo, encarou os olhos verdes que tanto amava, nossa, como amava aquela mulher. — Nós somos ricos, muito ricos. Tudo que é meu é seu agora. Inclusive se quiser ficar mais tempo. Ficamos. — Duas semanas é o suficiente para mim. Nunca fiquei tão longe assim das meninas. Estou com saudades das crianças. Aquela casa deve estar uma bagunça só. — Está com certeza. Sabe a baba do Mael? Ela está lá porque ele gosta muito dela, não porque é competente. Ele fez todas as outras babas se demitirem, a Oli é a única que o coloca na linha. — Ela é especial para seu filho, como uma melhor amiga. Não deixe que ela vá embora do nada. – O homem concordou — Eu nunca tive babá, revezava com a minha vó ou o Maurício para nunca deixar elas sozinhas porque são completamente maluquinhas e adoram festejar. — Eu deveria ter ajudado. Ajudado com tudo... Mas agora eu posso ajudar e fazer o que vocês quiserem. — Vai devagar, não fale isso na frente delas, se não elas vão montar em você e não vão mais soltar. Elas sabem escutar um não, e apesar de reclamarem depois, obedecem. Não deixe que o dinheiro consuma suas mentes. — A partir de agora, você é quem manda em tudo, então não vou ter esse problema. Não vou dizer o mesmo do meu pai, ele vai estregar nossas filhas como faz com o Mael. Tornaram a rir e a aproveitar todo o resto do último dia que teriam ali. Quando a noite chegou, como de costume, uma lancha estava a posta sob o comando de Levi para levarem o casal até o aeroporto mais próximo. Um jatinho particular no nome de Mael Santiago já os esperava no horário marcado. A viagem de seis horas até Seant novamente trouxe uma felicidade e ansiedade para Mel que desceu do carro quase correndo em frente ao prédio. Não tiveram muito tempo para fazerem mudanças, e após a deliciosa lua-de-mel, muitas coisas iriam mudar, tão como a moradia. O apartamento luxuoso de Levi tinha apenas dois quartos, o dele e o de Mael, não caberia toda uma família ali dentro, porém em uma das discussões sobre onde poderiam morar, Mel descartou totalmente a ideia de irem para a mansão longe de tudo e de todos com tantas lembranças ruins. Ali não, jamais. Abriu a porta do apartamento já na esperança de achar suas crianças sorridentes lhe esperando, mas o que encontrou foi uma placa grande escrito "sejam bem-vindos" e quatro crianças deitadas e enroladas em muitos lençóis ali mesmo. Sorriu encantada, poderia ficar admirando durante o dia todo, porém, antes de se mexer, escutou quando uma das meninas ergueu a cabeça coçando os olhinhos, sentou aos poucos e assim que conseguiu abrir os olhos de vez, teve a surpresa de encontrar sua mãe. O grito chamando por sua querida mãe acordou as outras crianças. Mel se abaixou para receber nos braços a pequena Lara que simplesmente e logo em seguida todas vieram chamando pela mãe que apenas riu. Abraçou suas filhas com todo gosto, estava morrendo de saudades, nunca havia ficado tanto tempo longe das meninas. Aos poucos, Mel abriu os olhos e avistou Mael sentado, se afastou das meninas que correram para Levi que se abaixou para receber. Já Mel levantou novamente e andou até o menino se abaixando ali. Sorriu bagunçando os cabelos do garoto. — Tudo bem, Mael? Você está bem? Eu sei que você não gosta de dormir no chão. — Não gosto, mas queria ver vocês chegarem, meu pai disse que voltaria hoje. Mas dormir bastante com as minhas irmãs. – Mel tornou a sorrir e o ajudou a levantar. — Você cuidou das suas irmãs com muito gosto. É um garoto maravilhoso, Mael. – O garoto sorriu e depois parou, ele não tinha que mostrar tanto entusiasmo, né? Rapidamente foi abraçado por Mel que por mais que não gostasse, se apossou do cheiro dela e logo escutou as garotas chamarem pela mãe e que ela precisava de alguma forma subir para ver o novo quarto e correram escada acima. Mel voltou-se ao menino e beijou deu rosto antes de seguir suas filhas. Mael seguiu com o olhar as mulheres se afastarem e até sumirem, voltou pra frente encarando o pai que riu se aproximando. — Como você está? — A Oli ficou com a gente, mas eu me diverti mais com as minhas irmãs. – Contou sem jeito, mas logo Levi o trouxe para seu colo. — Eu gosto de saber que você tem passado mais tempo com suas irmãs. Elas vão morar conosco a partir de agora, não será mais apenas eu e você. — Elas precisam de um quarto. — E elas terão. Lembra que você disse que queria um quarto apenas para estudos e uma sala de jogos? – Mael abriu um sorriso de orelha a orelha — Estamos pensando em nos mudar para um lugar maior, bem grande com bastantes quartos. — Posso começar a planejar uma nova decoração? – Levi confirmou — Oli pode me ajudar? — Eu ouvi meu nome? – A babá apareceu e os homens viraram na mesma hora, contudo, Levi engasgou quando notou que a senhorita Oli babá incompetente de Mael usava nada mais que uma camisola curta com um decote enorme. Virou Mael para o outro lado que reclamou de ficar "cego". — Precisam de alguma coisa? — Mael acabou de acordar, precisa de cuidados. Mas... Que roupa é essa? – Levi perguntou olhando dos pés à cabeça. — Era festa do pijama e eu dormi aqui todos esses dias e não sabia que você voltava hoje. — Nós voltamos hoje e eu acho que já pode voltar a dormir na sua casa. Pode levar o Mael – Muito a contra gosto, desceu o menino de seu colo para seguir com a babá quase nua. Sabia que se a Mel visse iria falar alguma coisa. Talvez nenhuma mulher gostasse de ver uma babá pelada dentro de casa, certo? Saiu da cozinha subindo as escadas correndo e seguiu pelo pequeno espaço parando na porta de Mael onde as meninas mostravam para Mel como tinham dormido, mas ela só conseguia olhar para a babá. Sabia, isso seria um problema? Passou direto para seu quarto e não esperou muito para Mel aparecer tirando o pequeno elástico que amarrava os cabelos longos. Parou diante do homem que brilhou os olhos ao vê-la tão linda. — Temos algum problema? — As meninas precisam de escola. Uma que elas possam ficar o dia todo. – Levi balançou a cabeça concordando e a viu sair dali indo direto para o banheiro. — É só isso? – Ele a seguiu até o banheiro onde Mel terminava de tirar a roupa — A Oli não se vestia daquele jeito. E sobre a escola, porque elas precisam ficar o dia todo? — Elas são acostumadas desse jeito. Não quero que mude. — Posso arrumar vagas na mesma escola de Mael. É algo grande, elas vão gostar. — Elas não vão gostar da ideia de ficarem na escola o dia todo, mas podemos garantir que assim que cheguem em casa, tenham os melhores momentos. – Olhou para o marido pelo espelho — Não quero a Oli vestida assim perto dos meus filhos. — Sem demissões... Mael adora a Oli, ela como uma mãe pra ela, embora eu saiba que ele é apaixonado por ela. Mel o encarou por mais um tempo e deu as costas seguindo para o box. Aquilo era um aviso? Tinha que demitir a Oli? Será que tinha entendido mesmo?Aquele final de noite deu a todos uma trégua quando as despedidas chegaram no momento certo. Suas crianças precisam de cama e seu cunhado ir pra casa com urgência, uma vez que todos os comentários de Alef tinha duas ou três insinuações, deixando a cabeça de Alex em confusão, e Maurício pronto para correr o mais distante possível.Ao chegaram em casa, Levi ajudou a esposa com seus filhos, desde dar banho a colocar todos na cama e no fim, ainda leu um conto de fadas, Mael detestou a ideia, mas quase chora com o fim. Quando chegou ao quarto, sua esposa já estava arrumada para dormir, penteava os cabelos ruivos lhe deixando ainda mais bela. Todas as vezes que parava diante de Mel, o corpo todo arrepiava, suas pernas ficam moles a ponto de derreterem. Era como se apaixonar outra vez e mais vez e sempre, para a eternidade.Parou atrás dela agarrando sua longa cintura para puxá-la mais pra perto. Independente de qualquer problema na sua vida, sabia que se estivesse com aquela mulher nos seu
Voltar para a cidade em que nasceu, casa e vida era o melhor presente que poderiam lhe oferecer. Abriu as portas do apartamento de seus pais sentindo o aroma da comida das empregadas, ou apenas pelo sabor de finalmente voltar a estar ali. Se jogou no sofá abrandando as almofadas luxuosas… luxo, exatamente o que merecia a partir dali.— Essa casa não mudou em nada – Alef comentou deixando na sua bolsa de lado — Espero que meu quarto também não tenha mudado, pois eu quero agora fazer as novas mudanças de acordo com meu gosto.— E não terá nada róseo, certo? – Alef virou lentamente até o pai que riu de canto, — Isso não será um problema.— Ainda bem que eu posso a qualquer momento me mudar para a casa do Levi. Não preciso aguentar isso aqui, certo Levi?O homem mais atrás assentiu, agarrado a mão de sua esposa, ainda vinha com tudo que Alef disse no aeroporto. Antigamente ele deixou sim que outras pessoas ficassem entre ele e Mel, e por causa disso, passaram seis anos longe um do outro d
As luzes da cidade de Seant lá embaixo chegavam a encher os olhos do garoto que não conseguia ficar quieto. Depois de anos longe, esquecido em um internato, finalmente estava de volta a sua querida e amada cidade a qual foi afastado pela mãe. O avião pousou devagar trazendo mais alegria ao coração aflito de Asaf Santiago, que assim que os motores foram desligados, ele tratou de tirar o sinto e correr de um canto a outro buscando a saída.A porta abriu e ele foi o primeiro a descer correndo, não se importou com o frio que lhe cobriu por inteiro, apenas abriu os braços como se a muito não pudesse respirar o ar puro.— Finalmente estou de volta à minha cidade. Não tem coisa melhor – Ainda parado ali, percebeu quando alguns carros se aproximavam parando longe o suficiente para ele reconhecer o pai que desceu por um. — PAI.Correu em direção ao homem mais velho e pulou em seus braços fazendo Marlon revirar os olhos enquanto o aparava. — Que saudade. Que bom que você nos trouxe de volta. E
— Não sabia que tínhamos outros tios – Lara cruzou os braços em frente às irmãs para protegê-las mesmo sem perigo aparente. — Então devo começar a chamar outros homens de tio? Quem são esses homens?— Lara, relaxa! Sei que são pessoas estranhas e eu também tenho medo, mas são irmãos de seu pai. Vocês devem respeito a esses outros. Entenderam? – Olhou para a garota que assentiu se aproximando e liberando suas irmãs para terminar de se arrumar. — Quero todas prontas em quinze minutos lá embaixo. Maurício já chegou.Todas se arrastaram dizendo sim e correram para terminar de se arrumar. Mel saiu do quarto chegando ao topo da escada. Seus filhos adotivos já estavam entre seus beijos e abraços carinhosos. Os vendo assim, nem parecia que havia brigado alguns dias atrás, não é?— Espero que hoje o dia tenha sido produtivo – Mel parou diante dos dois cruzando os braços em frente ao corpo.Muito bem comportada com um vestido longo colado ao corpo. Não havia decotes ou acessórios além de brinco
— Faz muito tempo que nós não visitamos este lugar – Mael sorriu de canto quando o carro parou diante de um restaurante na praia. Eles costumavam comer ali para fugir de qualquer paparazzi que enchia os sites de fotos dos Santiago. Apesar de não gostar de estar na praia, o restaurante era luxuoso o suficiente para não ter areia em seus pés, mas o som do mar junto ao frio e boa comida. As pessoas lhe tratam como se fosse um adulto, as mulheres com sorrisos, homens com seus cumprimentos clássicos. Ele se sentia tão bem. Um verdadeiro herdeiro da sociedade milionária que o cercava. — Precisamos conversar em particular. Então o lugar precisa ser particular e muito confortável – Mael tornou a estremecer.Saber que Levi estava bravo consigo lhe dava todos os tipos de medo, sua pouca idade nunca o impediu de entender como a cabeça de Levi funcionava. Sentaram-se diante de uma mesa onde a praia era o cenário para todos os lados junto às janelas de vidro. Podiam escutar o mar cantar, mas não
— Esse vai ser meu quarto? – Perguntou assim que abriu a porta, tudo estava como o seu antigo, só que melhor. Suspirou animado. — Eu vou poder decorar, certo? Quero cortinas escuras.— Você e as garotas vão poder escolher tudo de acordo com o seu gosto, mas queria te mostrar primeiro, porque é o mais velho, não é?Mael sorriu com aquela informação finalmente iluminando seu próprio dia. Sabia que não era o mais velho, mas era o mais alto e o que mais iria proteger aquelas três malucas. Gostava de dividir o quarto com elas, mas sempre soube que isso era temporário, logo estariam separadas.— Precisamos voltar logo, Maurício contou às meninas que te trouxe aqui e agora elas estão morrendo de ciúmes. Ou podemos esperar elas aqui, seria divertido elas olharem seus quartos. — E o papai vem junto? – O menino tremeu a cabeça aos pés — ele está bravo não é? Liz disse que os pais não ficam bravos com os filhos, mas isso é mentira, né?— Não, não, querido. É verdade, a gente não fica bravo com
Último capítulo