Todas as informações recém descobertas ainda giravam incessantemente na cabeça de Vitório. Adiantou o máximo que foi possível, os seus compromissos, e pediu a Bárbara, sua secretária, que informasse seus irmãos que ele tinha compromissos familiares.
Pensou em diversas maneiras de quebrar as barreiras do medo de Olavo. Precisava descobrir tudo o que aconteceu e por que ele procurou a casa deles, e o mais importante; saber se ele poderia mesmo ser seu filho, como tudo levava a crer.
A ideia de comprar um telescópio surgiu facilmente, quando se lembrou que o menino era fascinado pelo espaço. Imaginava que ver as estrelas e planetas com ele, faria o garoto se abrir, nem que fosse só algo que não levasse Vitório a nada.
Mais do que nunca, ele queria conhecer Olavo.
Se ele fosse mesmo seu filho, havia perdido muitas coisas, e não esteve com ele nos piores momentos de sua curta vida. Isso era tão revoltante, tão frustrante.
Ao estacionar, pensou em outro aspecto dessa possibilidade. Lucila.