Vitório
A raiva se dissipou no momento em que ele viu o olhar daquele anjo no espelho. Seu corpo pequeno, trêmulo, abraçando a si mesma com tanta vulnerabilidade. Vitório quis envolve-la em seus braços, abriga-la completamente sob a sua proteção e acariciar seus belos cabelos negros como a noite enquanto dizia que tudo ficaria bem.
No entanto, refreou essa vontade e a enterrou bem fundo, onde ela não pudesse traí-lo.
Lucila fechou os olhos depois de dizer que precisava de ajuda com o vestido, era como se ela esperasse que ele se negasse a ajudá-la. E por um instante ele pensou em chamar uma empregada discreta, talvez alguém da casa Drumond. Mas a expressão de abandono impressa naquela menina, revirou seu interior.
Vitório lutou para fechar os olhos para aquilo.
Ele lutou bravamente, porque sabia que suas batalhas estavam apenas começando.
O cheiro de Lucila acendia seu desejo, instigava seu desejo de possuí-la. Vitório analisou seu belo rosto pelo reflexo quando ela notou sua proxi