Não tinham tempo para ficar ali, abraçados, como se fossem um só. O horário da sessão estava estourando, e precisavam sair do carro.
Mas Lucy relutava em se afastar, e Vitório relutava em soltá-la.
- Acho que nem preciso ver o Dr. Spina hoje. – brincou. – Me sinto bem mais leve... é como se todo o tempo que eu fui calada, esse nó em minha garganta que se tornou parte de mim, finalmente...desaparecesse.
- Isso é ótimo, princesa. – Ele beijou as mãos dela. – Mas é importante a constância na terapia, principalmente agora que estamos lidando com tantas coisas.
- Eu sei... – ela concordou, com um meio sorriso. – Então vamos, amor.
- Vamos, coelhinha. – Ele retribuiu o sorriso, e saltou do carro, para abrir a porta para ela.
Vitório a aparou em um abraço terno, e ao desembarcarem do elevador no nono andar, ele a beijou no alto da cabeça. A recepção estava quieta e aconchegante, os raios de sol se infiltravam pela janela, e quando se sentaram para aguardar o terapeuta, Lucy entrelaçou a