A penumbra do corredor fazia seu sangue correr mais rápido nas veias. Seus pensamentos dispararam em diversas direções, com possíveis conjecturas do que Lucila poderia estar pensando sobre ele agora.
Seus passos largos o levaram direto para a suíte principal, onde a porta estava entreaberta.
As diversas imagens que imaginou para essa situação, não chegaram nem perto do que o esperava.
Abrindo a porta, Vitório se deparou com uma mulher majestosamente sentada em uma cadeira alta de espaldar, revestida em veludo vermelho. Como uma rainha, ela mantinha uma postura altiva que dominava tudo ao seu redor.
As botas de couro brilhante chegavam até o meio de suas coxas desnudas cruzadas. Vitório adentrou o recinto iluminado por velas vermelhas e brancas. Seus olhos presos a figura desconhecida a sua frente.
Sim, desconhecida, pois essa não era a sua doce princesa.
Ela acompanhou os movimentos de Vitório com um olhar feroz, e ele sentiu sua boca salivar e aquela vontade imperativa e urgente