Deslizei o acordo de divórcio pela mesa até Arthur, mantendo o tom suave, porém firme:
— Chega, Arthur. Quero o divórcio.
Seu maxilar tensionou enquanto um sorriso ácido lhe deformava os lábios.
— Você está falando sério, Bruna?
Mantive o olhar fixo no dele, imóvel.
— Como a aurora depois da noite.
Ele agarrou a caneta com ar desdenhoso, como se estivesse anotando uma lista de compras.
— Ótimo! Só não apareça depois chorando no meu portão, hein? Já passou da idade para pantomimas.
Deixei escapar um sorriso de canto de boca e respondeu com firmeza:
— Nem no seu enterro.
A caneta dançou sobre o papel num movimento fluido, deixando a marca negra de sua letra angulosa. Foi quando Helena irrompeu como um furacão de chiffon.
— Espera aí! — Ela arrancou o documento de minhas mãos, seus olhos escaneando as cláusulas. O rosto lhe descorou, e gritou. — Arthur! Olha a parte patrimonial! Essa sanguessuga quer sugar até os ossos dos seus pais! Eu não permito!
Arthur arrebatou o documento como q