AIYANA
Max e Icarus trocaram olhares rápidos. Mas Vardam…
Ele largou a colher na pia com um baque seco, virou-se sem dizer uma palavra, e saiu da cozinha.
Assim. Sem explicações. Sem comentários. Apenas… foi embora.
Eu pisquei, perplexa.
— O que diabos foi isso? — murmurei, me virando para Max e Icarus.
— O cara não é normal. — disse Icarus, apoiando o cotovelo na mesa, sem esconder a frustração.
Max resmungou alguma coisa ininteligível, mas eu não estava prestando atenção neles.
Porque o dia mal havia começado, e eu já estava no meu limite.
— Aliás — continuei, encarando Icarus — Soube que você tentou me levar de volta para o meu quarto de madrugada.
Icarus deu de ombros com um sorriso culpado, mas Max se inclinou para frente, a mandíbula travada.
— Ele não entrou — disse Max, seco.
— Sim, eu percebi. Porque você fez uma cena no meio da madrugada. — Cruzei os braços. — Vocês dois precisam parar com isso. Sério. É exaustivo.
— Você não deveria ter dormido no quarto dele — rebateu Icaru