AIYANA
Meu coração pulava contra as costelas. A distância entre nós, agora era quase inexistente. O frio já não importava. O mundo parecia suspenso, como se a floresta segurasse o fôlego esperando o que viria.
— Eu não...
— O quê? Você não, o quê?
Icarus deu mais um passo na minha direção. Eu pisquei, e instintivamente recuei um passo.
Outro passo dele. Outro recuo meu.
Havia algo nos olhos dele… algo que não só desejo. Era sombra, selvageria. Um brilho obscuro e faminto.
— Eu não sei.
Ele inclinou a cabeça para o lado, sorrindo com minha falta de jeito.