— Desculpa, Eron. Não foi minha intenção atrapalhar.
— Você nunca atrapalha.
Luna caminhou até a mesa do mafioso, que não foi rápido o suficiente para esconder o papel onde escrevia um pedido de desculpas, justificando que precisava enviá-la de volta para Toscana. Ao se aproximar, conseguiu ler parte do bilhete ainda incompleto.
— Como assim, Eron? Você pretende me mandar de volta para Toscana? E o jantar? — perguntou Luna, segurando o papel.
— Não seria mais fácil simplesmente acatar o que eu digo sem tantos questionamentos, Luna?
— Não — rebateu ela, contornando a mesa e se afastando. — Por que você não é claro comigo? Por que não me conta o que realmente está acontecendo?
— Houve um imprevisto — respondeu Eron, levantando-se com o semblante sério. — Não poderemos ficar para o jantar, por isso estou adiando.
— Então você vai voltar comigo?
O mafioso permaneceu em silêncio. Luna aguardava uma resposta.
— Você irá sozinha. Eu irei depois — concluiu.
— Como assim? Está brincando comigo?