Diante da portaria, o segurança o fitou com desconfiança. Bastou um olhar gelado de Eron, e o homem desviou os olhos, permitindo sua entrada sem questionar. O poder não estava apenas no sobrenome Garossy — estava nele, em sua presença, em seu sangue.
Subiu os degraus do prédio com passos longos, quase impacientes. O corredor parecia interminável até a porta que guardava o que mais desejava. Ali, do outro lado, estava Luna. E seu filho.
Respirou fundo. A mão parou diante da madeira escura da porta. Por um instante, hesitou. O mafioso, o homem temido, vacilou como um garoto diante de seu maior medo: a rejeição.
Mas, antes que batesse, a porta se abriu.
Luna estava ali.
Os olhos dela se arregalaram ao encontrá-lo. Ela segurava uma bolsa nas mãos, como se estivesse prestes a sair. O silêncio que se seguiu foi tão denso que quase sufocava.
— Eron... — a voz dela saiu num sussurro, frágil, trêmula.
Mas, então, um som suave ecoou pelo apartamento. Um risinho infantil.
Eron se moveu instintiv