Eron deixou seu escritório decidido. Precisava vê-la novamente. Precisava olhar nos olhos de Luna — e, principalmente, nos olhos de seu filho. Era seu direito, afinal. O herdeiro do seu nome, do seu império. O menino que carregava seu sangue.
Ao chegar em frente ao prédio onde Luna estava hospedada, Eron estacionou o carro e desceu. Estava prestes a seguir em direção à entrada quando algo chamou sua atenção: um outro carro parava do lado oposto da rua. Dele saiu um homem de postura tranquila e olhar atento. Eron o reconheceu de imediato. Sabia exatamente quem era.
Otávio.
O médico. O homem que, nos últimos anos estivera perto demais da mulher que Eron nunca conseguiu esquecer.
Otávio, por outro lado, não fazia ideia de quem era aquele homem de terno escuro e olhar penetrante que agora o observava de forma tão direta.
Eron caminhou até ele com firmeza. Parou diante de Otávio, mantendo a expressão neutra, mas com a voz firme e carregada de significado.
— Você é Otávio, não é?
Surpreso,