O segundo dia da Festa das Raízes começou com o dobro de batuque e o triplo de gente. A notícia da festança tinha corrido solta. Vieram mães de favelas vizinhas, crianças animadas, gente curiosa e até uns repórteres tentando cobrir o “evento comunitário idealizado por uma liderança local”.
Mas ninguém ali chamava a Isis de liderança. No morro, ela era a Dona. E ponto.
O som subia alto, o povo se balançava no pagodinho, a criançada corria com os rostos pintados, e as barracas de comida davam conta como podiam.
Theo, de novo, estava por todo lado: aparando briga de criança, ajustando o microfone do palco, e vigiando o movimento com o olhar treinado. Mas ainda assim, não parecia trabalho pra ele. Parecia lar. Cada vez mais.
Nando e Bê cuidavam da segurança com os olhares atentos, copo de suco numa mão e a outra perto do cinturão. Eles sabiam: qualquer multidão feliz era também terreno fértil pra olho gordo e oportunista.
Isis, como sempre, surgia quando menos se esperava, e sempre n