QG do Complexo da Kerozene — Madrugada abafada
No centro da sala improvisada no lar de Corvo, mapas, plantas, rabiscos e croquis estavam espalhados sobre uma mesa grande. Ventiladores giravam lentos, soprando calor e a tensão de uma guerra que estava a um passo de explodir. Isis mantinha os olhos fixos nos detalhes da base militar, cada anotação feita por Emu virando um risco a mais no tabuleiro da guerra.
Zóio rabiscava algo no canto de um caderno, a ponta do lápis roída. Corvo estava de pé, braços cruzados, a paciência no limite. Negão Velho coçava a barba, calado, ponderando cada movimento futuro. Kawan fazia anotações no celular, trocando informações com os contatos externos. Estavam todos ali – menos um.
— E aí? — resmungou Zóio, quebrando o silêncio pesado. — Já passou da hora. O que tá pegando?
— Ainda não temos o sinal — respondeu Isis, sem tirar os olhos do mapa, a voz carregada de ansiedade controlada. — Verde entrou hoje. A missão dele era reconhecer. Se ele voltar com o qu