Quando o Leonardo disse que a Sulamita estaria sob minha proteção, eu não imaginei a carga pesada que ele estava colocando em meus ombros.
No dia seguinte, voltamos para a mansão e ele avisou que precisava ir ao Brasil com o Rafael para acertar os detalhes finais da operação com as garotas e só voltariam dois dias depois.
Eu não queria ficar sozinha naquela casa, mas não ia demonstrar que eu estava com medo.
Leonardo percebeu minha tensão e se aproximou de mim. Ele também estava nervoso.
Ele pegou duas pistolas embaixo do colchão e me entregou uma.
— Escute bem: Se algo acontecer comigo, você acha um jeito de fugir com a Sula desta casa.
Meu coração batia feito louco. Eu não queria que acontecesse nada com ele.
— Pensei que você fosse mais esperto que a polícia.
Ele não sorriu de forma debochada como fazia, quando eu o provocava. Chegou perto de mim e tocou meu rosto, sério.
— Você fez como a gente combinou? Deu as pistas falsas para a polícia?
Os dedos dele tremiam um pouco em contat