Agora não tinha mais como fugir daquela conversa.
Observei a Sulamita entrar no carro do Rafael e acenei para os dois. Eles tinham se casado naquela tarde e agora entravam no carro a caminho do apartamento deles. Leonardo aparentemente conformado com a partida da irmã, apenas observava os dois, com as mãos enfiadas nos bolsos da frente do jeans escuro que vestia.
Quando o carro sumiu na esquina, ele virou e começou a andar calado para dentro do prédio. Segui atrás dele e só quando ele fechou a porta do apartamento encarei seu rosto sério.
— Relaxe homem, ela vai ser feliz.
Ele tirou o casaco e se jogou no sofá.
— Eu mato o Rafael se ele não cuidar bem dela.
Tirei o sapato de salto e sentei no sofá em frente a ele.
— Ele vai cuidar. Ele é louco por ela.
— Ele não é o único apaixonado! – ele resmungou, baixo.
— Como? Não entendi - perguntei confusa.
Ele me encarou com os cotovelos apoiados no joelho.
— Quando vai parar de ser durona comigo, hein?
Sorri com a expressão de cachorro abando