O Rafael sabia que minha reação seria a pior possível, por isso antes de me contar toda a história, ele me fez entregar a arma e a chave do carro para ele.
Estávamos parados em um local deserto afastado do centro de Istambul, que ele fez questão de me levar.
Meu coração estava a mil por hora e eu sentia meu corpo inteiro tremendo de ódio. Como um homem podia ser tão cruel?
— Ela falou tudo, Rafa? Será que o desgraçado não fez nada com ela mesmo?
O Rafael também estava péssimo. Fumava um cigarro atrás do outro e parecia que não dormia há dias. Naquele momento, eu não tinha condições de pensar nele e na Sula como namorados, o que me importava naquela hora era matar Hilal Ramazan.
— O que vamos fazer? Não podemos deixar ela naquela casa.
— Falta pouco cara, vamos fazer do jeito que planejamos. Lembre-se que ele e o avô dela tem a guarda legal dela.
Eu não aguentava mais aquele segredo.
— Ele não é avô dela.
O Rafael me encarou como se eu tivesse ficado louco.
— Como assim? Não entendi.
E