Julia e Otto começaram a fazer terapia de casal. Durante as sessões, ele demonstrou estar de fato comprometido, disposto a fazer melhorias. Além disso, mostrava-se sensível, magoado, triste — e sempre ressaltava o quanto amava Julia.
Julia se sentia mal com a situação. Sentia culpa por não corresponder aos sentimentos dele, mas decidiu tentar fazer dar certo, mesmo ainda estando confusa.
Os dias se passaram. O casal fazia os exercícios solicitados, e pareciam estar indo bem. Estavam mais leves e íntimos.
Com um mês de terapia, saíram para ver o pôr do sol e jantaram em seguida. Otto contava histórias do tempo da faculdade, alegremente, tentando ajudar Julia a se lembrar.
— Não consigo me lembrar... parece ainda um borrão — falou, triste.
— Não tem problema, uma hora vai funcionar — Otto respondeu com um sorriso no rosto. — Um dia você vai acordar e elas estarão aí.
Beijou a mão dela com delicadeza.
No final da noite, em casa, abriram uma garrafa de vinho, o que deixou o clima mais lev