Eva Volaine
Rasguei a lateral da cama com raiva, arrancando um pedaço de madeira.
Não iam me ferrar mais. Se fosse necessário, eu mataria todos.
Escutei passos e me coloquei ao lado da porta, firme, com o pedaço de madeira nas mãos. Quando a porta se abriu, golpeei com toda a força. Ouvi um gemido quando a pessoa caiu no chão, e congelei.
Droga… era Eros.
“Ah, me desculpa!” falei rápido. “Pensei que fosse Federik ou algum guarda, não você…”
Desde aquela vez na floresta em que discutimos, eu acreditava de verdade que nunca mais o veria.
“Você queria matar eles, é isso?” ele disse, recuperando o fôlego, com o cenho franzido.
Abri a boca para responder que talvez sim, mas ele continuou:
“Não importa. Vem. Estamos sob ataque e você está em perigo.”
Franzi a testa, sem entender.
Eu… em perigo?
Ele me puxou pelo braço e não tive outra opção a não ser segui-lo pelo corredor em passos rápidos. Lá fora, o som das detonações ecoava, junto ao cheiro forte de pólvora e fumaça que já entrava no ca