As tochas já iluminavam todo o pátio quando o som dos violões, pandeiros e palmas começou a se espalhar. Os homens que já haviam participado do ritual com Vitório, Enzo e Mateus abriram uma roda larga, chamando-os para o centro.
O pai de Sara, de postura ereta e olhar firme, ergueu a mão para o silêncio.— Antes de a noiva aparecer, o noivo e seus padrinhos precisam provar que têm o espírito da festa. Aqui, um homem não vem apenas para assistir… ele participa, sente, vibra.Vitório deu um passo à frente, ajustou o lenço negro na cabeça e respondeu, com a voz grave:— Então vamos começar.O toque de pandeiro acelerou. Um violino entrou, cortando o ar com notas vivas. Um cigano mais velho mostrou a Vitório o primeiro passo: bater o pé direito no chão, girar o corpo e marcar o ritmo com palmas.Mateus e Enzo se entreolharam, rindo, mas logo acompanharam.Em poucos minutos, a música ganhou força. O suor já escorria pelo rosto, mas Vitório